Já é comprovado que fumantes passivos também sofrem com os males do cigarro e, por isso mesmo, alguns pais evitam fumar perto de seus filhos. Mas e os animais? Eles também podem ser considerados fumantes passivos?
Segundo a veterinária Roberta Consani, sim. Ao inalar a fumaça do cigarro eles também são fumantes passivos, principalmente os cães, que estão sempre ao lado dos seus donos.
E quais os efeitos do fumo passivo nos animais? Pode-se dizer que os mesmos que nos humanos. As principais doenças são: bronquite crônica, dermatites alérgicas, conjuntivites, além do câncer de pulmão. "Alguns desenvolvem doenças crônicas e incuráveis e outros até mesmo o vício, como no caso dos papagaios. É nosso dever nos preocupar com nossa saúde e com a saúde deles", explica ela.
Na conjuntivite o animal irá apresentar olhos hiperêmicos, conjuntiva inflamada e em casos severos úlcera de córnea, devido ao prurido constante do animal. Já no caso da bronquite alérgica crônica, uma doença que evolui progressivamente, o proprietário nota tosse constante e cíclica, sensibilidade em traqueia, além de engasgo que pode ser comumente confundido com êmese (vômito).
O câncer de pulmão acomete animais acima de 8 anos. Ele irá apresentar dispneia, cansaço fácil, tosse e engasgos, edema pulmonar; e os sintomas podem ser confundidos com uma pneumonia ou uma cardiopatia. O diagnóstico pode ser definido através da radiografia de tórax.
O que a veterinária aconselha aos donos de animais que sejam fumantes é fumar longe dos bichinhos e nunca em lugares fechados, junto com eles. Além disso, deve-se sempre lavar as mãos após fumar, pois já foi comprovado em testes alérgicos que o resíduo de nicotina que fica nas mãos causa problemas de pele nos animais. Segundo a veterinária, a alergia ao contato direto com o cigarro é diagnosticada através de um exame alérgico (exame sanguíneo). Nesse caso, os proprietários costumam notar um prurido constante nos animais, feridas na pele, queda de pelos e vermelhidão.
"O ideal mesmo seria largar o vício. Ao longo de minha carreira, tenho percebido grande aumento de problemas de saúde nos animais, em consequência do fumo, mas também presenciei diversas famílias largarem o vício por amor aos cães", finaliza ela.
Roberta Consani é médica veterinária formada pela Universidade Paulista (Unip), especialista em animais silvestres.
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