A cinomose é uma enfermidade causada por vírus, altamente contagiosa entre os canídeos (cães, lobos e raposas). É uma doença cosmopolita, mas não atinge seres humanos. Acomete cães em qualquer idade e o índice de mortalidade é grande. Animais jovens e senis são mais sujeitos a esta doença, embora atinja todas as faixas etárias.
Alguns sintomas de cinomose estão descritos abaixo:
- febre;
- diminuição do apetite;
- letargia;
- corrimento nasal e/ou ocular;
- diarreia e/ou vômitos;
- secura do nariz e coxim plantar;
- conjuntivite;
- tremores no corpo (mioclonia);
- convulsões;
- paralisia.
Esses sintomas descritos podem estar mais ou menos expressos, podendo não existir; tudo depende do sistema afetado:
- sistema digestivo;
- sistema respiratório;
- sistema locomotor;
- sistema cutâneo;
- sistema nervoso.
A lesão é mais grave quando o vírus ataca o sistema nervoso, pois nesse caso as lesões são irreversíveis (geralmente).
O tratamento visa levantar a resistência, fortalecer o organismo e evitar infecções secundárias; porém, a mais importante defesa é a do próprio organismo, ou seja, depende da própria defesa do cão, explica o médico-veterinário Celso Filetti.
As vacinas de boa qualidade são o único método de proteção para seu cão. Se ele já está com a doença, de nada adianta vacinar, aí temos que tratar. Muitos animais se curam quando tratados desta terrível doença, mas alguns ficam com sequelas.
O esquema de vacinação para cinomose começa com 42 a 60 dias de idade e são necessários mais três reforços posteriormente.
Como remediar é mais oneroso que prevenir, devemos vacinar nossos cães com quatro doses no primeiro ano e anualmente também, com uma dose. A vacina é a v10, que protege contra várias doenças, inclusive a cinomose.
Eduardo Ribeiro Filetti é médico-veterinário, pós-graduado em saúde pública e professor universitário. Também é vice-presidente da ONG “SOS Animais de Rua”.